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A Expansão Napoleônica E Os Levantes Políticos Na América Espanhola


Entre o fim do século  XVIII e o início do XIX , Espanha enfrentou vários  conflitos. Os desdobramentos  da Revolução  Francesa enfraqueceram o poder espanhol , privando-o de seu mais forte aliado, a França, diante do poderio naval inglês.  As guerras desse período , altamente dispendiosas  , resultaram em um distanciamento entre a metrópole  e suas colônias  , inclusive com algumas concessões  comerciais a navios de nações  neutras nos conflitos , como os Estados Unidos da América.  A partir de 1806, com a decretação  do Bloqueio Continental na Europa , as exportações  britânicas  para a América  espanhola aumentaram  e duas invasões inglesas atingiram Buenos Aires. No entanto , a crise política mais intensa foi detonada de 1808 , quando as tropas napoleônicas  invadiram a Espanha, levando à  deposição  do rei. A partir daí,  uma grave crise de legitimidade política e institucional afetou todo o Império  Espanhol. Na América  hispânica  , perante a ausência  de autoridade espanhola , juntas de governo local foram instituídas e passaram a governar , por conta própria,  em nome do rei deposto, Fernando BIO. Daí tiveram início as agitações  e guerras de independência.  O  vácuo  político  abriu espaço para os vários  antagonismos sociais presentes na colônia  fossem canalizados para a preposição  da independência  em relação  à  metrópole.  Setores dominantes da elite Corolla,  a fim de usufruir das novas benesses do capitalismo , com as quais entravam em contato pelos ingleses e norte-americanos, desejavam derrubar os monopólios  e as restrições ao comércio  , transformando as colônias  em territórios livres, capazes de produzir para outros países e comerciar com eles. Os primeiros movimentos pela independência seriam marcados pela inclusão  de outras demandas sociais. A Igreja Católica,  na América espanhola , era extraordinariamente rica. Vivendo das rendas de suas propriedades , das capelania, dos censos e dos dízimos  e mantendo ligações  estreitas com a Coroa espanhola , maioria dos casos , a Igreja se posicionada em favor da manutenção  da velha ordem , que a beneficiava. Contudo, o poder eclesiástico  não  formava um bloco monolítico e , em alguns momentos, membros do baixo clero , inseridos no cotidiano da população  , tomavam posições  mais contestadoras em relação  à  ordem social estabelecida. Na Nova Espanhola (México), na região  de Guanajuato, em 1810, após  uma séria  crise agrícola , eclodiu uma grande revolta camponesa. Ela foi liderada pelo padre Miguel Hidalgo , que, sob a evocação  da Virgem de Guadalupe, incitação os índios  a lutar pela liberdade e pelo fim dos tributos indígenas  e da servidão.  Ali , como a maior parte da América  espanhola , um sistema de castas dividia a sociedade entre brancos , índios e mestiços, promovendo a desigualdade jurídica  e a segregação  social. O movimento  comandado por Hidalgo logo se radicalizou , passando a propor o fim das classificações  discriminatórias  e dos latifúndios.  A pouca adesão  dos criollos e moradores das cidades ao movimento tornou- se , a partir daí,  oposição  e perseguição.  A elite Corolla, o cabuloso da Cidade do México  e a Igreja local condenaram a revolta , declarando serem os rebeldes uma ameaça a todos.  Na sequência  , o movimento foi reprimido e seu líder,  executado.  Mais tarde, todavia, entre 1811 É 1815 , novas rebeliões  agitaram a região  . Entre seus líderes estava também  pároco  José Maria Modelos. Apesar de tentar estabelecer um acordo com os criollos sobre a emancipação  diante dos espanhóis  , não  obteve o apoio necessário  e , mais  uma vez, a revolta foi contida. Na Venezuela , pressionado por homens ilustres , como Francisco de Miranda e Simón Bolivar, em 1811, um congresso declarou a Primeira República da Venezuela. Algo semelhante ocorreu em Nova Granada . Mas, em todo o Norte da América  do Sul , surgiu uma forte resistência  à  independência, principalmente no interior. Após  vários confrontos , em 1815 e 1816 , liderados por José  Tomás  Vocês, os realistas , defensores da lealdade à Coroa espanhola, dominaram  a situação.  Mais ao Sul, no Rio da Prata, em 1810, um levante conhecido como Movimento de Maio depôs  o vice rei local e declarou  a abertura do Porto de Buenos Aires. NO DIA SEGUINTE,  foi a vez de o Paraguai declarar sua independência , não apenas em relação  à  Espanha , Mas também  a Buenos Aires. Diferentemente do que ocorreu no restante  da América hispânica  , o Rio da Prata não   às  forças restauradores da Espanha. Enfim, O período compreendido entre 1810 e 1815 foi constituído  por incertezas políticas e movimentos sociais frustrados. Diante das guerras napoleônicas,  na Europa , e do conflito com os Estados Unidos , entre 1812 É 1814, a Inglaterra se manteve neutra em relação à  Hispano-América.  Sem grande apoio externo , os movimentos libertadores amarraram suas primeiras derrotas. Nesse contexto , em 1814, com a queda de Napoleão Algodão e a restauração  espanhola , as forças realistas ganharam terreno para reprimir os primeiros líderes independentistas. Embora o desejo de emancipação  continuasse presente entre boa parte dos criollos, no México,  as revoltas de caráter  popular , agrário  e anti-metropolitano provocaram uma profunda desconfiança  na elite colonial quanto a qualquer proposta de atendimento às  demandas indígenas  e mestiços no processo emancipatório.


A Sociedade Escravista E O Fim Do Mundo


O Brasil do século  XIX constituía uma sociedade escravista. As principais formas de trabalho e os meios de acúmulo  de riquezas estavam ligados à  posse de escravos. Ter escravos era um dos grandes objetivos para muitos. Afinal, um senhor de escravos ficava dispensado dos trabalhos manuais, o que, na época,  era um sinal de poder e prestígio.  Além  do grande compromisso social com a escravidão  , até  meados do século XIX , o tráfico  de escravos era um dos negócios  mais lucrativos. Os principais traficantes da Bahia e do Rio de Janeiro , por exemplo, banqueiros , arrebatadores de impostos e dentistas de imóveis  urbanos. A elite brasileira estava tão  arraigada ao trabalho escravo, que o considerava indispensável  à  prosperidade econômica  do país.  No entanto, havia, desde a independência  , aqueles que, sob a influência  dos ideais iluministas, defendiam a extinção  da escravidão  em terras brasileiras. Essas vozes dissidentes , entretanto, não  representavam um grupo socioeconômico  suficientemente forte, capaz de se sobrepor à  influência  que os grandes fazendeiros e comerciantes exerciam sobre a corte Imperial. Essa situação  começou a mudar quando a Inglaterra , principal potência  da época  , alegando razões  humanitárias  , pressionou pelo fim do tráfico  de escravos. Ao desenvolvimento da economia britânica  , em plena Revolução  Industrial , interessava o aumento do consumo de bens manufaturados. A implantação  de uma mão  de obra assalariada poderia proporcioná-lo. De início,  os tratados de 1810 e 1826 , feitos sob influência  inglesa , não  surtiram grandes efeitos . Mais tarde , em 1831, foi aprovada uma lei que proibia o tráfico  de escravos no Brasil. Novamente, a lei " não  pegou" . Ao contrário  , a medida " para inglês  ver" resultou no aumento dos riscos e, por consequência, da rentabilidade do negócio.  De fato, houve um incremento no número  de desembarques. Em 1845, a Inglaterra aprovou o Bill Aberdeen , arrogando-se o direito de aprisionar quaisquer navios negreiros , ainda que no interior da Costa marítima brasileira. No Brasil , a medida foi considerada um desrespeito à soberania nacional e não  resolveu o problema de imediato. Mas, em 1850, cedendo às  pressões  externas e internas, a Assembléia  Geral votou a Lei Eusébio  de Queiróz,  que finalmente pôs  fim ao tráfico  de escravos para o Brasil. A partir daí,  a entrada de africanos , que havia aumentado  durante os primeiros anos do impérios,  caiu vertiginosamente , chegando a praticamente zero e elevando o preço do cativo internamente. Contudo, a abolição  definitiva do trabalho escravo demorou mais algumas décadas.


Imigrantes E Colonos


Desde os tempos da administração  do Marquês  de Pombal , a política  de povoamento do Brasil atraía  os imigrantes portugueses  . Mais tarde, depois da independência  , outros grupos europeus começaram a chegar . Surgiram  , então,  pequenos núcleos coloniais, como os alemães  de São  Leopoldo (RS) é os suíços  de Nova Friburgo (RJ). A partir de meados do século  XIX, com o fim do tráfico  de escravos e a crescente demanda por mão de obra , o número  de imigrantes no país  aumentou progressivamente. Determinados a consolidar a grande e a agricultura de exportação  , os grandes cafeicultores buscavam mão de obra barata , de qualquer procedência  . Já  a burocracia Imperial,  preocupada em "civilizar" o país  europeia e equilibrar o povoamento  em favor da população  branca , investia na atração  de imigrantes da Europa , em geral, agricultores  e artesão  , dispostos a viver em colônias, fora dos núcleos urbanos. A fim de atender à  demanda da Região  Sudeste e forçar os recém- chegados a trabalhar nas lavouras de café , em 1850, foi aprovada a Lei de Terras , abolindo a tradicional política Imperial,  que cedia terras de graça  aos colonos. Com a Lei,  a propriedade fundiária  , ainda que se tratasse de Terras públicas, só poderia ser adquirida mediante a compra, geralmente,  por um alto preço . Assim , paralelamente à  transição  do trabalho cativo para o livre, restrições à  propriedade da terra foram impostas para resguardar os interesses de elite agrária  estabelecida. De início,  sob a iniciativa do senador paulista Nicolau de Campos Vergueiro (1778-1859), foi implantado um sistema de parceria. Por meio deste, os imigrantes se tornavam corresponsáveis  pela produção  cafeeira,  obtendo parte dos lucros e assumidos a responsabilidade de permanecer na fazenda até  salvarem suas dívidas.  Nesse contexto, os riscos de endividamento dos novos colonos e de receberem um tratamento semelhante ao dos escravos eram evidentes.  Em 1857, uma revolta de colonos suíços eclodiu em Ibicaba , no interior de São Paulo , na fazenda do senador Vergueiro. A Revolta da Fazenda Ibicaba foi contada por um de seus principais líderes, o mestre-escola suíço Thomas Davatz , na obra Memórias  de um colono no Brasil. As repercussões  do incidente e do livro na Europa foram suficientes para a proibição temporária  da vinda de novas levas de imigrantes. A partir de 1870, entanto , o problema da falta de mão  de obra se agravou. Nessa época,  com o aumento da população  europeia e as crises geradas pela industrialização  e unificação  da Itália  e Alemanha,  o governo brasileiro investiu em propagandas no exterior e os agentes de emigração  conseguiram angariar novos contingentes de imigração  em direção  ao Brasil.  Era o início  da Grande Imigração . Nesse período , vieram para o Brasil  imigrantes de várias  nacionalidades, sobretudo italianos. Mas lavouras cafeeiras, eles substituíam a mão  de obra escrava. Parte dos custos iniciais relativos ao transporte e à instalação  dos recém-chegados era subsidiada pelo Estado . No Sul do Brasil, entretanto, formavam-se núcleos  coloniais relativamente autônomos,  com vistas ao povoamento da região.  Ali, os colonos se tornavam pequenos proprietários  e procuravam manter suas línguas,  religiões  e tradições.  


Rumo A Uma Potência Industrial

Para muitos autores , o triunfo do Norte na Guerra Civil significou a remoção dos obstáculos  ao fortalecimento  do capitalismo estadunidense. De fato, a unificação  do mercado interno, A expansão da rede de transportes e a retomada do crescimento da população deixavam os Estados Unidos em um condição  privilegiada de desenvolvimento produtivo. Após  a guerra , para melhorar o nível técnico  , o governo federal doou terras aos Estados,  a fim de criar institutos de Ensino Superior de Agronomia e Mecânica,  incentivando o desenvolvimento  de diversas universidades públicas  e privadas. Por uma lei de 1862, terras públicas  também  foram doados a famílias de pequenos agricultores do Oeste. A partir de 1869, estradas de ferro transcontinentais cortavam o país  e favoreciam a industrialização  , o escoamento da produção e o povoamento daquela região.  No final do século,  cidades como Chicago , Nova Iorque e Filadélfia destacavam-se como grandes metrópoles,  signos da urbanização  acelerada do país.  Movida pela fabricação  de relógios, parafusos , fechaduras , testes,  máquinas agrícolas,  de escrever e de costura e outras ferramentas , a produção industrial se desenvolvia de maneira acelerada. A própria  demanda da guerra - cobertores , carroças, munições  , rifles , alimentos , calçados , etc. - aumentou a produção  manufatureira e proporcionou a concentração  de capital , numa época  em que somente grandes fazendeiros e manufatureira e conseguiam obter contratos para fornecimentos de mercadorias ao exército. Aos poucos , unindo competência,  implacabilidade , energias e ambição , grandes empresários,  como Rockefeller, na Standard Oil; Phillip Armour e Gustave Swift , os "reis do frigoríficos" ; Carregue, na indústria do aço ; e Morgan, no sistema bancária  , destacavam-se como símbolos de uma nova era de grandes conglomerados industriais. Fusões  e monopólios  levaram os Estados Unidos a uma nova realidade,  com cartéis  e tristes,  e , ao mesmo tempo, fizeram com que o país  figuras,  com o Japão e a Rússia,  entre as principais potências  industriais não  europeia.



Cidadania E Classe Social


 A cidadania é um status concedido àqueles que são membros integrais de uma comunidade. Todos aqueles que possuem o status são iguais com respeito aos direitos e obrigações pertinentes aos status. Não há nenhum princípio universal que determine o que estes direitos e obrigações serão, mas as sociedades nas quais a cidadania é uma instituição em desenvolvimento criam uma imagem de uma cidadania ideal em relação à qual o sucesso pode ser medido e e em relação à qual a aspiração pode ser dirigida. [...] A classe social, por outro lado, é um sistema de desigualdade. E esta também , como a cidadania , pode estar baseada num conjunto de ideais , crenças e valores. É , portanto , compreensível que se espere que o impacto da cidadania sobre a classe social tomasse a forma de um conflito entre princípios opostos . Se estou certo ao afirmar que a cidadania tem sido uma instituição em desenvolvimento na Inglaterra , pelo menos desde a segunda metade do século XVII , então é claro que seu crescimento coincide com o desenvolvimento do capitalismo, que é o sistema não de igualdade , mas de desigualdade. Eis algo que necessita de explicação. Como é possível que estes dois princípios opostos possam crescer e florescer , lado a lado , no mesmo solo? O que fez com que eles se reconciliassem e se tornassem , ao menos por algum tempo, aliados ao invés de antagonistas? A questão é pertinente , pois não há dúvida de que, no século XX, a cidadania e o sistema de classe capitalista estão em guerra. 

-Marshall, T. H. Cidadania, Classe Social e Status . Rio de Janeiro : Zahar , 1967. P. 76.


O Encéfalo


O telencéfalo ou cérebro humano está relacionado principalmente com a memória , inteligência e com processamento da visão, da audição, do olfato, do paladar e da fonação. O córtex cerebral revela grande aumenta de superfície , formando os sulcos e giros cerebrais (circunvoluções cerebrais). O hemisfério cerebral direito está associado à criatividade , e o esquerdo , às habilidades analíticas. 

O diencéfalo possui três centros nervosos principais:

1- Tálamo: relaciona-se com em emoções inatas e é uma área de retransmissão de informações vindas do corpo para serem processadas no cérebro e vice-versa;

2-Epitálamo: evaginação dorsal do tálamo que forma o órgão pineal, glândula endócrina que nos vertebrados primitivos era um fotorreceptor; 3-Hipotálamo : região ventral do tálamo que controla a temperatura corporal , o balanço hídrico , o apetite e interfere nas atividades dos órgãos viscerais. O hipotálamo forma o lobo posterior da hipófise (ou glândula pituitária). Ao contrário das outras glândulas , a hipófise tem origem dupla : o lobo posterior deriva do hipotálamo e o anterior do teto da cavidade bucal ; além disso, só a parte anterior produz hormônios e está sujeita ao controle do hipotálamo ; o lobo posterior não produz hormônios , mas armazena e libera hormônios produzidos no hipotálamo. No hipotálamo os nervos ópticos procedentes dos olhos se cruzam e depois se dirigem para o cérebro. Esse cruzamento denomina-se quiasma óptico. O mesencéfalo controla os movimentos dos olhos , constituindo um centro de reflexos visuais e auditivos , mas não é o centro da visão.  O metencéfalo ou cerebelo é encarregado de coordenar funções motoras como a locomoção , o equilíbrio corporal , o tônus e o vigor muscular . Nos vertebrados que voam ou nadam , o cerebelo é bem desenvolvido. Na base do cerebelo dos mamíferos existe uma estrutura denominada ponte (ponte de Varolio) onde ocorre o cruzamento das vias motoras , que passam a  ocupar , na medula espinhal , o lado contrário ao que ocupavam no cérebro. Desse modo , o lado esquerdo do cérebro controle o lado direito do corpo , e o lado direito do cérebro controla o lado esquerdo do corpo. O mielencéfalo ou bulbo é considerado um centro vital, pois controla a respiração e a digestão , além de determinar alteração nos batimentos cardíacos . Também exerce influência em certos atos reflexos , como a deglutição , o vômito , a sucção e a tosse.


Os Direitos Cassados E A Volta da Cidadania


Com a implantação da ditadura , em 1964, os direitos civis e políticos foram restringidos. Para isso , o governo militar criou os Atos Institucionais (os AIs), que tornavam lei a falta e direitos. O primeiro deles, o AI-1 , editado em 9 de abril de 1964 , cassou por dez anos os direitos de numerosos militares e líderes políticos , sindicais e intelectuais e forçou a aposentadoria de funcionários públicos civis e militares. Por meio do AI-2 , de 27 de outubro de 1965, o governo militar aboliu a eleição direta para presidente da República , extinguiu todos os partidos políticos e impôs o bipartidarismo. Em dezembro de 1968, após grandes manifestações, principalmente de operários e estudantes , o governo militar, por meio do AI-5 , fechou o Congresso Nacional, retomou os processos de cassação e de suspensão dos direitos políticos e aboliu o habeas corpus para os crimes considerados contra a segurança nacional. A partir de então, foram impostas a censura prévia à imprensa e restrições à liberdade de reunião. Nesse período , os direitos civis básicos foram todos violados , com a proibição das greves , a execução de prisões arbitrárias , a violação de domicílio e correspondência e a promoção de tortura as prisões. Para que a ditadura parecesse legal, os militares mantiveram em atividade o Congresso Nacional totalmente vigiado e com interrupções de funcionamento , quando julgavam necessário e promoveram eleições para o Senado e a Câmara dos Deputados em 1966, 1970 , 1974 e 1978. Também contribuindo para a aparência de legalidade, a Constituição de 1946 foi mantida , embora desfigurada pelos Atos Institucionais. Em 1969, foi votada uma nova Constituição,  que incorporava os dispositivos jurídicos dos Atos Institucionais , menos os do AI-5 e os da Lei de Segurança Nacional , que , de alguma forma , negavam a plena vigência dos direitos civis e políticos no Brasil.  Em 1978 teve início a "abertura" lenta e gradual proposta pelos militares. O Congresso Nacional pôde votar o fim do AI-5 e da censura prévia aos meios de comunicação e o restabelecimento do habeas corpus para crimes políticos. Em 1979, foi votada a Lei de Anistia , que permitiu a volta dos brasileiros exilados. Assim continuou o processo de "abertura" , sempre conduzido e vigiado pelos governos militares. Somente no governo de José Sarney a abertura efetivou-se. Foi quando o Congresso aprovou a Constituição de 1988, que vale até hoje , apesar das emendas e modificações. Ao passo que os direitos civis e políticos foram praticamente aniquilados durante a ditadura , os direitos sociais foram utilizados para deixar transparecer uma mínimo de cidadania e, como no período anterior , para cooptar setores populares. Assim, houve alguns ganhos nesse setor.  O mais importante foi a unificação do sistema previdenciários , com a criação, em 1966, do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que deixava de fora apenas o funcionalismo público, mantido em regime próprio. Com a criação do INPS, estabeleceram-se regras únicas para os trabalhadores do Brasil. Em 1971 criou-se o Fundo de Assistência Rural (Funrural) que, pela primeira vez na história do país, dava ao trabalhador rural o direito à aposentadoria , à pensão e à assistência . Em 1973 e 1973 foram incorporadas duas categorias profissionais que estavam fora da previdência :a dos empregados domésticos e a dos trabalhadores autônomos. Assim , só ficavam fora do sistema de previdência nacional dos chamados trabalhadores informais. Entre as nações do governo militar no plano social cabe ainda destacar a tentativa de facilitar a compra da casa própria pela população de baixa renda. Para isso, foram criados o Banco Nacional de Habitação (BNH) e o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que disciplinavam o financiamento de imóveis.


A Produção Nas Sociedades Tribais


As sociedades tribais diferenciam-se umas das outras em muitos aspectos , mas pode-se dizer , em termos gerais , que não são estruturados pela atividade que em nossa sociedade denominamos trabalho. Nelas todos fazem quase tudo , e as atividades relacionadas à obtenção do que as pessoas necessitam para se manter - caça , coleta , agricultura a criação- estão associadas aos ritos e mitos , ao sistema de parentesco , às festas e às artes , integrando-se , portanto , a todas as esferas da vida social. A organização dessas atividades caracteriza-se pela divisão das tarefas por sexo e por idade. Os equipamentos e instrumentos utilizados, comumente vistos pelo olhar estrangeiro como muito simples e rudimentares , são eficazes para realizar tais tarefas. Guiados por esse olhar , vários analistas , durante muito tempo, classificaram as sociedades tribais como de economia de subsistência e de técnica rudimentar , passando a ideia de que elas viveriam em estado de pobreza , o que é um preconceito. Se hoje muitas delas dispõem de áreas restritas enfrentando difíceis condições de vida, em geral , antes do contato com o chamado "mundo civilizado" , a maioria vivia em áreas abundantes em caça e alimentos de vários tipos. Marshall Sahlins, antropólogo estadunidense , chama essas sociedades de "sociedades da abundância" ou "sociedades do lazer" destacando que seus membros não só tinham todas as suas necessidades materiais e sociais plenamente satisfeitas, como dedicavam um mínimo de horas diárias ao que nós chamamos de trabalho. Os ianomâmis , da Amazônia , dedicavam pouco mais de três horas diárias às tarefas relacionadas à produção ; os guayakis , do Paraguai , cerca de cinco horas , mas não todos os dias; e os kungs , do deserto do Kalahari , no sul da África , em média quatro horas por dia. O fato de dedicar menos tempo a essas tarefas não significava, no entanto , ter uma vida de privações. Ao contrário , as sociedades tribais viviam muito bem alimentadas , e isso fica comprovado em relatos que sempre demonstram a vitalidade de todos os seus membros . É claro que tais relatos referem-se à experiência de povos que viviam antes do contato com o "mundo civilizado". A explicação para o de os povos tribais trabalharem muito menos do que nós está no modo como se relacionam com a natureza , também diferente do nosso. Por um lado , para eles, a terra é o espaço em que vivem e tem valor cultural, pois dá aos humanos seus frutos: a floresta presenteia os caçadores com os animais de que necessitam para a sobrevivência e os rios oferecem os peixes que ajudam na alimentação. Tudo isso é um presente da "mãe natureza". Por outro lado, os povos tribais têm uma profunda intimidade com o meio em que vivem. Conhecem os animais e as plantas , a forma como crescem e se reproduzem e quais podem ser utilizados para a alimentação , para a cura de seus males ou para seus ritos. 


Regra Da Multiplicação ou Regra do "E"


Para determinar a probabilidade de, no lançamento de duas moedas , sair face cara nas duas , devemos multiplicar as probabilidades isoladas. Quando lançamos um moeda, a probabilidade de sair cara é 1/2 no lançamento da outra , a probabilidade também é 1/2 ; logo , para as duas juntas (cara e cara), temos 1/2 x 1/2 = 1/4 , isto é , em quatro lançamentos do par de moedas, é provável que saia cara em ambas uma vez. Se forem lançadas três moedas , a probabilidade de sair três caras é 1/2 x 1/2 ) 1/2 = 1/8. Do mesmo modo , a probabilidade de no lançamento de dois dados obtermos um deles com a face cinco e outro também com a face cinco é 1/6 x 1/6 - 1/36. Assim, podemos concluir que a probabilidade de dois ou mais acontecimentos independentes (a probabilidade de um evento ocorrer não afeta a probabilidade do outro evento) ocorrerem juntos é o produto das probabilidades de cada um isolado. No monoibridismo, aplicamos a regra da multiplicação quando realizamos o cálculo da proporção de filhos no cruzamento de dois heterozigotos . Cada indivíduo Aa produz gametas A e a na proporção de 50% (1/2) para cada um. A formação de um indivíduo AA depende do encontro simultâneo de dois gametas A. A probabilidade desse evento é o produto das probabilidades isoladas de cada gameta , ou seja , 1/2 x 1/2 - 1/4. Da mesma forma , a probabilidade para um descendente aa é de 1/2 x 1/2 = 1/4. Outro exemplo: a probabilidade de um casal de heterozigotos em relação ao alelo do albinismo ter dois filhos albinos é 1/16, pois , como a chance de nascer um filho albino é 1/4, a chance de nascerem dois filhos albinos é 1/4 x 1/4 = 1/16. Em alguns problemas de Genética , é pedida a probabilidade de nascer um menino ou uma menina com determinada característica. Nesse caso, é preciso saber que o sexo da criança é determinado no momento da fecundação pelos cromossomos sexuais X e Y . A mulher tem dois cromossomos X e, portanto, todos os seus óvulos têm um cromossomo X. O homem tem um cromossomo X e um Y . Então, metade de seus espermatozoides será portadora do cromossomo X e metade , do cromossomo 3. Caso um espermatozoide X fecunde um óvulo, nascerá uma menina (XX). Se for o espermatozoide Y , nascerá um menino (XY) . Consideramos, então, que há 50% de chance de nascer menino e 50% de chance de nascer menina (na realidade , nasce um número um pouco maior de homens do que mulheres , mas , para efeito de resolução de problemas de Genética , não levamos isso em conta). Se o problema perguntar qual a probabilidade de um casal de indivíduos heterozigotos para o alelo para albinismo ter um filho do sexo masculino e albino, a resposta será : 1/4 (probabilidade de nascer albino) x 1/2 (probabilidade de nascer do sexo masculino)= 1/8.


Energética Elétrica



Em 2008 o Brasil contava com 1768 usinas para produção de energia em operação , com capacidade de 104.816 megawatts (MW). Desse total , 706 eram hidrelétricas de diversos tamanhos , e 1042 térmicas utilizando gás natural , biomassa e óleo diesel e combustível , duas eram nucleares e uma era solar. Há também usinas de energia eólica , com destaque no Ceará e Rio Grande do Sul , mas em 2008 as 17 usinas eólicas do Brasil foram responsáveis por somente 0,3% (273 MW) da eletricidade produzida no país . Entretanto , há tendência de crescimento do uso dessa fonte de energia limpa e renovável : em 2008 havia 22 usinas eólicas em construção - com potência total de 463 MW - e 50 projetos , com capacidade de 2400 MW , já outorgados e aguardando o início das obras.  As usinas hidrelétricas , que têm a maior capacidade instalada de produção no país , produzem energia limpa e barata .  Segundo o Ministério de Minas e Energia , o potencial hidrelétrico brasileiro é estimado em mais de 260 mil MW e a capacidade nominal instalada de produção estava , em 2008 , na casa dos 86 mil MW , ou seja , cerca de 30% do potencial disponível. Até o final da década de 1980, as hidrelétricas produziam cerca de 90% da eletricidade consumida no país , mas em 2008 essa participação tinha recuado para cerca de 73% , principalmente por conta da construção de usinas termelétricas movidas a gás natural e biomassa.  Uma termelétrica pode ser instalada em locais mais convenientes para seu aproveitamento econômico. Como vimos, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina a disponibilidade de carvão mineral determinou a instalação dessas usinas.   Há concentração de termelétricas que utilizam biomassa nas regiões de produção de álcool , principalmente em São Paulo , nas quais se utiliza o bagaço da cana-de-açúcar e, outras foram construídas ao longo dos gasodutos , com destaque para o Bolívia-Brasil. O maior potencial hidrelétrico instalado no Brasil está na bacia do Rio Paraná , onde , em 2009 , 72% da disponibilidade já foi aproveitada . Em seu rio principal localiza-se a usina de Itaipu , e destacam-se também os rios Grande , Paranapanema , Iguaçu e Tietê. Eles drenam a região onde se iniciou efetivamente o processo de industrialização brasileiro e que , além da demanda mais elevada , conseguiu exercer maior pressão política na alocação de recursos investidos em infraestrutura.  Maior potencial hidráulico disponível do país localiza-se nas bacias do Amazonas , onde somente 1% foi aproveitado , e Araguaia-Tocantins , com 44% de aproveitamento em 2008. Em Rondônia , no Rio Madeira , se localizarão duas usinas de médio porte planejadas para serem construídas a partir de 2009. Uma é Santo Antônio , licitada em 2007; a outra é Jirau , licitada em 2008 , ambas com cerca de 3 mil MW de potência. Um consórcio de empresas privadas realizou estudos de viabilidade técnica e ambiental para construção de muitas outras usinas na bacia Amazônica: planeja-se construir três usinas de de médio porte no Rio Tapajós; e a usina de Belo Monte , Rio Xingu, de grande porte, a maior delas , com potência de 11,233 MW (cerca de 2 /3 da capacidade de Itaipu). De 1950 até o início da década de 1980 foi fundamental a participação do Estado no planejamento e na produção de energia. A partir do final da década de 1980, o Estado vem se retirando da produção em diversos setores (como energia, telecomunicações transportes , siderurgia , mineração e petroquímica ), incentivando investimentos privados e concentrando sua ação na regulação e fiscalização por intermédio dos ministérios e das agências criadas para esse fim. Nesse contexto, o setor elétrico brasileiro (envolvendo a geração , a transmissão e a distribuição de eletricidade), que era quase totalmente controlado por empresas estatais federais e estaduais , começou a ser privatizado a partir de 1995. De 1964 , quando foi criada a Eletrobrás , Holding estatal de energia elétrica , até 1995 , os investimentos  utilizados na expansão do setor eram obtidos de três fontes: tarifas cobradas dos consumidores, impostos arrecadados pelos governos estaduais e federal e empréstimos tomados em instituições estrangeiras , que ampliavam nossa dívida externa. Em 1995 , o governo federal iniciou a privatização de parte das empresas controladas pela Eletrobrás por intermédio do Programa Nacional de Desestatização , criado a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), órgão regulador e fiscalizador do setor. Após a privatização, as empresas de energia elétrica , inclusive algumas estatais que não foram privatizadas , como a CEMIG, competem entre si para vender a energia produzida, que  é transmitida por um sistema de alta tensão para empresas que atuam exclusivamente na distribuição aos consumidores finais , residências , empresas, comércio , governos e outras instituições. Atualmente as empresas de energia elétrica- as privadas e as estatais que permaneceram - atuam nos três setores: geração, transmissão e distribuição.



A PEA E A Distribuição de Renda no Brasil [Contexto 2008-2010]



A PEA no Brasil distribui-se de maneira bastante irregular. Os gráficos demonstraram que uma parcela significativa da PEA (17,4%) trabalha em atividades agrícolas o que retrata o atraso e parte da agricultura brasileira. Embora esse número tivesse diminuindo graças à modernização e à mecanização agrícola em algumas localidades , nas regiões mais pobres do país a agricultura foi praticada de forma tradicional e ocupava muita a mão de obra. O setor industrial brasileiro, incluindo a construção civil , absorve 22,6% da PEA, valor comparável ao de países desenvolvidos. A partir da abertura econômica que se iniciou na década de 1990 houve grande modernização do parque industrial brasileiro e algumas empresas dos setores petroquímicos , extrativo mineral, siderúrgico , máquinas e equipamentos , construção civil , aeronáutico , entre outros , ganharam projeção internacional. Hoje no Brasil, possui multinacionais como a Petrobrás , a Vale , a Gerdau , a WEG , a Odebrecht e a Embraer, atuando respectivamente nesses setores. Já as atividades terciárias apresentam mais problemas , por englobar os maiores níveis de subemprego. No Brasil , 59,7% da PEA exerce atividades terciárias. No entanto, na maioria das vezes , essas pessoas estão apenas em busca de sobrevivência, de complementação da renda familiar , ou tentando "driblar" o desemprego em atividades informais , como a de camelô, guardador de veículos nas ruas ou vendedor ambulante , entre outros. Mesmo no setor formal de serviços (como escolas , hospitais , repartições públicas , transportes etc.), as condições de trabalho e nível de renda são muito contrastantes: Há instituições avançadas em termos tecnológicos e administrativos ao lado de outras bastante atrasadas. Por exemplo, ao compararmos o ensino oferecido nas escolas , seja pública ou privada , de qualquer nível , percebemos grandes diferenças em termos de qualidade. Quanto à composição da PEA por gênero , nota-se certa desproporção em 2008: 42,4% dos trabalhadores eram do sexo feminino. Nos países desenvolvidos a participação é mais igualitária ,com índices próximos a 50%¨. O aumento da participação feminina na PEA ganhou grande impulso com os movimentos feministas das décadas de 1970 e 1980 , que passaram a reivindicar igualdade e gênero no mercado de trabalho, nas atividades políticas e demais esferas da vida social. Além disso , a perda de poder aquisitivo dos salários em geral fez com que as mulheres cada vez mais entrassem no mercado de trabalho para complementar a renda familiar. As mulheres, muitas vezes , sujeitam-se a salários menores que os dos homens, mesmo quando exercem função idêntica ,como o mesmo nível de qualificação e na mesma empresa. Embora ainda seja minoritária , isso tem feito com que parte dos empresários prefira a mão de obra feminina. Observe que o número de mulheres no mercado de trabalho é maior somente na faixa de até um salário mínimo e dos que não têm rendimento ; nas demais faixas os homens predominam. Quanto a distribuição de renda, o Brasil apresenta um dos piores índices do mundo. As tabelas já mostraram que a participação dos mais pobres na renda nacional é muito pequena e a dos mais ricos é muito expressiva. Esse mecanismo de concentração de renda, com resultados perversos para a maioria da população , foi construído principalmente no processo inflacionário de preços. Como vimos, os reajustes da inflação nunca foram totalmente repassados aos salários. Além disso, no sistema tributário brasileiro a carga de impostos indiretos (como ICMS, IPI e ISS) , que não distinguem faixa de renda, chega a 50% da arrecadação. Naquele período , sucessivos governos agravaram o processo de concentração de renda ao aplicar seus recursos em benefício de setores ou atividades privadas , em detrimento dos investimentos em educação , saúde , transporte coletivo , habitação , saneamento e outros serviços públicos. Entretanto, como podemos observar , embora a participação dos mais pobres na renda nacional ainda seja muito baixa , o índice vem apresentando lenta melhora, Com o Plano Real e os programas assistenciais, os mais pobres vêm lentamente aumentando sua participação na renda nacional.



Crise Do Café E Industrialização



Embora tenha passado por importantes períodos de crescimento como o da Primeira Guerra, a industrialização brasileira sofreu seu maior impulso a partir de 1929 , com a crise econômica mundial decorrente da quebra da Bolsa de Valores e Nova York. Na região Sudeste , essa crise se refletiu na produção do café. A partir de então , as atividades industriais passaram a apresentar índices de crescimento superiores aos das atividades agrícola , como fica evidente na observação do gráfico. Como a crise de 1929 reduziu bastante o volume de exportação do café , houve diversificação da produção da atividade cafeeira, embora a agricultura ainda continuasse responsável pela maior parte das exportações brasileiras até a década de 1970. Nesse período ocorreu a Revolução de 1930 , que desalojou a oligarquia agroexportadora paulista do poder e abriu novas possibilidades político-administrativas em favor da industrialização , uma vez que o grupo que tomou poder com Getúlio Vargas era nacionalista e favorável a tornar o Brasil um país industrial. O café , porém, permitiu a acumulação de capitais que serviram para implantar toda a infraestrutura necessária ao impulso da atividade industrial. Os barões do café, que residiam nos centros urbanos, sobretudo na cidade de São Paulo , para cuidar da comercialização da produção nos bancos e investir na bolsa de valores , eram detentores de enorme quantidade de capital no sistema financeiro , agora disponível para a implantação de indústrias. Todas as ferrovias , construídas com a finalidade principal de escoar a produção cafeeira para o Porto de Santos, interligavam-se na capital paulista e constituíam um eficiente sistema de transporte. havia também grande disponibilidade de mão de obra imigrante liberada dos cafezais ou já residente nas cidades , além de significativa produção de energia elétrica. é importante lembrar ainda que, com o colapso econômico mundial , diminuiu a entrada de mercadorias estrangeiras que poderiam competir com as nacionais. A associação desses fatores constituiu a semente do processo de industrialização , que passou a germinar notadamente na cidade de São Paulo onde havia maior disponibilidade de capitais, trabalhadores qualificados e a infraestrutura básica a que nos referimos. Áreas dos estados do Rio de Janeiro , Rio Grande do Sul e Minas Gerais também intensificaram seus processos de industrialização. Na instalação de novas indústrias predominava com raras exceções, o capital de origem nacional, acumulado nas atividades agroexportadoras. A maior parte das indústrias era de bens de consumo, com destaque para as de bens não duráveis, como as alimentícias e têxteis. A política industrial comandada pelo governo federal era a de substituir as importações , visando à obtenção de um superávit cada vez maior na balança comercial e no balanço de pagamentos , para permitir um aumento nos investimentos nos setores de energia e transporte. 



Projeto Genoma Humano



Iniciado em 1990 , o Projeto Genoma Humano procura descobrir a posição de cada gene no cromossomo (mapeamento) e estabelecer a sequência de bases de cada gene (sequenciamento). Em abril de 2003 foi estabelecida a sequência de bases de 99,99% dos cerca de 3,3 bilhões de pares de nucleotídeos que compõem os genes humanos (escrita com letras do tamanho das desta página , a sequência de bases do genoma humano ocuparia mais de 1500 volumes iguais a este livro). Calcula-se que haja entre 20 mil 2 25 mil genes que codificam proteínas , mas há entre os genes dos eucariontes grandes sequências de nucleotídeos repetidos e trechos formados por sequências de bases que não codificam proteínas. Alguns desses trechos são formados por genes que participam da regulação da expressão dos outros genes. Além disso, o RNAm sintetizado pelo DNA pode ser "cortado" e "recombinado, formando novas moléculas , o que faz com que um gene possa produzir mais de uma proteína. O genoma de outros organismos, como ratos , bactérias e plantas , também vem sendo sequenciado. Esses estudos nos permitem compreender não apenas a fisiologia desses organismos , mas também a nossa, visto que compartilhamos muitos de nossos genes com outros organismos. Vejamos algumas aplicações do Projeto genoma Humano: 1ª- Permitir a identificação dos genes que causam ou que contribuem para doenças genéticas ou para o câncer , aumentando a capacidade de diagnosticar doenças na fase inicial por meio de testes genéticos e a probabilidade de cura. Cerca de cinquenta alterações em genes que provocam câncer já são conhecidas. 2ª- Ajudar no aconselhamento genético , que analisa as chances de um casal transmitir doenças hereditárias para o filho. Dessa forma, é possível , depois dos exames pré-natais , avaliar as doenças que poderão ser transmitidas aos filhos e as formas de evitá-las ou tratá-las desde cedo. 1- Descobrir mais sobre o funcionamento do gene , e até a forma como ele controla ou influencia diversas características. Desse modo , podemos compreender melhor as causas do envelhecimento, da obesidade e de muitas doenças.2-  Ajudar a descobrir a sequência de aminoácidos de várias proteínas , o que permitiria entender melhor sua função e criar novos medicamentos. é o estudo do proteoma.3- Criar drogas específicas para cada tipo de doença e de indivíduo , aumentando sua eficácia e reduzindo os efeitos colaterais. 3- Analisar o grau de parentesco evolutivo entre as espécies (metade do genoma do ser humano é igual ao da mosca -das-frutas) e entre grupos de populações , criando árvores genealógicas, compreendendo melhor a evolução dos grupos e das espécies. O exame da ancestralidade genômica é capaz de revelar as origens de uma pessoa. 4- Facilitar o desenvolvimento de plantas e animais transgênicos. O grande desafio da chamada "era genômica" é a determinação da coleção de proteínas expressas pelos genoma , em momentos específicos , na célula. O estudo do proteoma , como é chamado , se põe como uma continuação do Projeto Genoma, Após a determinação da sequência de bases nitrogenada pelo Projeto Genoma , o projeto do proteoma se dedicará a determinar qual coleção de genes estará sendo expressa em resposta às variáveis ambientais e metabólicas.