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Especulação Imobiliária


A expansão das grandes metrópoles do mundo subdesenvolvido ocorreu de forma rápida e desorganizada , por conta da inoperância governamental das grandes empresas imobiliárias. A população mais pobre foi se distanciando do centro devido ao preço elevado dos imóveis e do aluguel. Além disso, com os conjuntos habitacionais, o Estado restringiu , de modo geral, o acesso à moradia somente à periferia das cidades, apesar da existência de vistos terrenos vazios entre a periferia e o centro. As empresas imobiliárias lotearam as cidades de acordo com os interesses de valorização de seus imóveis no mercado. Este modelo de ocupação urbana tornou-se , assim, amplamente favorável à especulação imobiliária.
Em alguns casos, a ocupação da periferia das cidades faz com que o poder público construa as benfeitorias necessárias ao atendimento dos novos núcleos de povoamento, como linhas de transporte , pavimentação , rede de água e esgoto , eletrificação e outros. As novas infra-estruturas instaladas acabam atingindo também os terrenos vazios situados no espaço intermediário da cidade. Tais terrenos , muitos de propriedade de grandes empresas imobiliárias , constituem um bem estocado para fins especulativos, cuja valorização conta principalmente com a ausência de um planejamento urbano adequado e de investimento do Estado. No caso da Grande São Paulo, uma das três maiores áreas metropolitanas do mundo, esses terrenos chegam a representar cerca de um quarto da superfície total da cidade.