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A Urbanização Atual



Em 1975 , a taxa de urbanização mundial era de apenas 37%. Em 2001, aproximadamente metade da população já vivia em áreas urbanas , e calcula-se que essa proporção atingirá 60% em 2025. A intensidade da urbanização explica-se principalmente pelo aspecto qualitativo: muitos aspectos da vida urbana estenderam- se á vida do campo, como o acesso ao saneamento básico e á energia elétrica, a presença de hospitais e escolas. As telecomunicações (como TV , rádio , telefone e, em alguns casos, até Internet) integram atualmente os habitantes do campo e da cidade atualmente os habitantes do campo e da cidade numa mesma rede de informação. Assim , os limites territoriais das cidades não são mais os limites do modo de vida urbano.  Dentro disso, os mapas produzidos ao longo do tempo sempre expressaram idéias ou visões próprias de determinada sociedade ou período histórico. Um grande nome da cartografia moderna é , sem dúvida , e do Flamengo Gerard Mercator (1512-1594). Na época em que desenvolveu seu trabalho, a Europa havia conquistado os mares e dominado diversas terras . Do continente europeu partiam navios para a África , a América e a Ásia. O planisfério de Mercator , de 1569, expressa esse contexto: a Europa situa-se no centro e na parte superior. Como o planisfério de Mercator os meridianos estão traçados paralelamente de um pólo a outro e as distâncias entre os paralelos aumentam conforme se aproximam dos pólos , as áreas mais distantes do Equador aumentam exageradamente.  A Groenlândia , por exemplo, parece ter a mesma área da América do Sul, quando, na verdade , é quatro vezes menor que o Brasil. Isso reforçaria ainda mais a idéia de superioridade do continente europeu, já que a maior parte de suas terras estão mais próximas do pólo Norte que da linha do Equador. Não podemos afirmar que essa era a intenção de Mercator. Na verdade, ele priorizou  a representação da forma e dos contornos das massas continentais , levando em consolidação a utilização de seus mapas pelos navegadores. Após a Segunda Guerra Mundial e a independência de várias colônias europeias na África e Ásia, ficaram ainda mais em evidência as enormes diferenças socioeconômicas entre os países. Diversos intelectuais de todas as partes do mundo passaram a desenvolver a tese de que a exploração de Estados-Nação do hemisfério Sul pelos do Hemisfério Norte levou os primeiros a uma situação de pobreza , dependência e submissão. O historiador e cartógrafo alemão Arno Peters (1916-2002) considerava que os mapas eram uma das manifestações simbólicas desta submissão. Partia do princípio de que todos os países do mundo devem ser retratados , no mapa-mundi, de forma fiel a sua área , o que colocaria em maior destaque os países subdesenvolvidos. Em 1974, Peters apresentou ao mundo um novo planisfério , em que  a superfície dos países aparece com suas medidas proporcionais, embora com as formas distorcidas. Para mostrar as medidas verdadeiras, Peters acabou com aquela impressão de superioridade dos país do Norte que o planisfério de Mercator dava.