Os nutrientes minerais presentes no solo são absorvidos pelas plantas em solução aquosa, por meio dos pêlos absorventes. Eles são longas expansões filamentares das próprias células epidérmicas da raiz na zona pilífera. São, portanto, unicelulares e estendem-se em grande área de solo junto à planta , infiltrando-se nos espaços microscópicos entre as partículas. Sabemos hoje que em plantas herbáceas as regiões mais velhas das raízes também fazem uma grande absorção de água, o mesmo acontecendo em zonas parcialmente suberificadas das raízes de arbustos e árvores. Feita a absorção pela epiderme da raiz, na zona pilífera ou não, as soluções com os solutos minerais , podem seguir dois caminhos até o lenho, onde iniciam um deslocamento vertical para chegar à copa:
a) Através de espaços intercelulares (meatos) , as soluções atingem as células de passagem da endoderme e daí o lenho. Esse trajeto é mais rápido e direto;
b) pela passagem de célula para célula pelas paredes e através dos plasmodesmos até a endoderme e daí para o lenho. Esse percurso , atravessando membranas, é mais demorado e depende de osmose e transporte ativo.
Poderia parecer vantajoso que a planta tivesse apenas tecidos mortos superficiais para absorver mais rapidamente. No entanto , o percurso mais demorado garante uma melhor filtragem e, portanto, maior seletividade de substâncias que podem chegar aos demais tecidos da planta.