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A Independência da Bósnia


A Bósnia-Herzogovina era a república iugoslava etnicamente mais heterogênea : 39,5% de muçulmanos , 32% de sérvios , 18,4% de croatas. Após ter sua independência reconhecida por diversos países europeus , pelos Estados Unidos e pela ONU , croatas , muçulmanos e sérvios passaram a disputar fatias do território bósnio. A guerra civil da Bósnia teve início em 1992 e tornou-se mais acirrada quando o líder sérvio , Radovan Karadzic, contrário à separação , proclamou a formação da República Sérvia da Bósnia-Herzegovina , não reconhecendo a independência do país. A guerra se estendeu até 1995, apresentando um saldo de mais de 200 mil mortos e 2 milhões de  refugiados muçulmanos. Essa guerra foi marcada pelo extermínio ("limpeza étnica") dos não-sérvios que viviam na ex-república iugoslava , o qual contou com o apoio do então presidente da nova Iugoslávia, Slobodan Milosevic. Em 1995, um acordo de paz selou o fim da guerra na Bósnia .  Esse acordo dividiu o país em uma federação muçulmano-croata , que controla 51% do território  bósnio , e uma República Sérvia da Bósnia , que controla 49%. O governo é regido por uma presidência colegiada , com representantes das três etnias. No entanto, a permanência de povos inimigos históricos e com ambições territoriais e nacionalistas  no mesmo país e as dificuldades de uma administração conjunta tornam a região bastante instável. A "Limpeza Étnica" é uma situação em que um Estado ou governante promove a expulsão e /ou extermínio de um grupo étnico, geralmente minoritário , em seu território . Os métodos utilizados também envolvem perversidades e atrocidades, como a morte indiscriminada de civis, estupro de mulheres , incêndio de residências etc. O objetivo é amedrontar a população e promover a fuga em massa do território. Busca-se, desta forma , um equilíbrio étnico favorável ao grupo que detém o poder.