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Fim da guerra Fria e as Novas Fronteiras

Menos de um ano depois da queda do muro de Berlim, as duas Alemanhas foram unificadas , causando profundas alterações na geopolítica européia. A Alemanha, já fortalecia economicamente, passou a ser o país europeu com maior influência na porção oriental do continente. Na União Soviética , população passou a apoiar aqueles que prometiam um caminho mais rápido para a transição .
 Os ultra-reformistas , que melhor capitalizaram essa insatisfação popular, conquistaram maior espaço no governo. Em 1990, o principal representante desse grupo, Boris Yeltsin , foi eleito presidente da Rússia. Após um ano de governo , declarou total autonomia da Rússia frente à união Soviética , e foi seguido pelas demais repúblicas soviéticas. Esse ano de 1991 marcou o fim da União Soviética. As 15 repúblicas socialistas que a constituíam transformaram-se em 15 países independentes .

Doze delas associavam-se a uma entidade supranacional mais ampla, a CEI (comunidade dos Estados Independentes), cujo limite de atuação e de integração entre os países ainda não está bem definido. Letônia, Estônia e Lituânia reconquistaram sua independência e não aderiram à CEI. Com o desmembramento da Tchecoslováquia, surgiram a República Tcheca e a Eslováquia. A Iugoslávia foi totalmente esfacelada. Formada por várias nacionalidades e culturas distintas, os conflitos separatistas na décadas de 1990 dividiram-na em cinco países independentes: Croácia , Eslovênia, Bósnia-Herzegovina , Macedônia e Iugoslávia. Derrocada do socialismo significou o colapso de todo o sistema de relações internacionais surgido após a Segunda Guerra Mundial e baseado na Guerra Fria. O fim do socialismo na União Soviética e nos países do Leste europeu abriu as portas para uma reordenação geopolítica no mundo.