Segundo o IBGE , na distribuição da população brasileira por cores ou raças , 48,4% são brancos e 6,8% , negros (Dados de 2008) . Esses percentuais vêm se reduzindo e , por outro lado, o número de pardos (43,8%) está aumentando , o que demonstra que continua havendo miscigenação na população brasileira. É importante ressaltar que, embora a miscigenação da população brasileira seja uma realidade histórica , dados da tabela não refletem sua real distribuição por cor ou raça. Isso pôde ser constatado no Censo de 2000. Os recenseadores eram instruídos a mostrar , em 25% dos domicílios pesquisados, um cartão com as opções de cor : branca , preta , amarela , parda e indígena. Nem sempre os mestiços ou pardos se declararam como tal, havendo muitos mulatos que se declararam pretos , enquanto outros se declararam brancos ; mestiços de brancos com indígenas se declararam indígenas , enquanto outros se declararam brancos. Além disso, existem muitas pessoas que , por particularidades culturais do lugar onde vivem , não se identificam com nenhuma das cinco opções oferecidas para enquadramento da resposta. Na pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD ) , realizada pelo IBGE em anos diferentes dos anos do censo demográfico, são visitados apenas alguns domicílios. Em 1976 os recenseadores anotaram a resposta espontânea da pessoa pesquisada , ou seja , sem apresentar um cartão com opções. Embora as cores utilizadas no censo tenham constatado em 57% das respostas , foram mencionados 136 termos para designar cores , alguns curiosos: alvarenta , fogoió, lilás , marinheira , castanha , enxofrada , pálida , roxa , sarará e turva , entre outros. Entretanto, o conceito de raça (ou mesmo cor, que seria sua expressão fenotípica) , como ainda aparece nas pesquisas do IBGE , não se sustenta cientificamente . Geneticamente a espécie humana é uma só, não pode ser dividida em raças. O racismo é um construção histórica e ideológica recente, que deve ser desconstruída.