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Adaptações Especiais do Sistema Digestório Em Mamíferos
O comprimento do intestino varia de acordo com o tipo de alimentação do animal. Nos herbívoros pode atingir 28 vezes o comprimento do corpo , pois, como os alimentos vegetais são de difícil digestão , quanto mais tempo permanecerem no interior do intestino, maior será a eficiência desse processo. O intestino dos animais carnívoros é mais curto , apenas três a quatro vezes o comprimento do corpo, pois a carne é mais facilmente digerida que os vegetais. Nos animais onívoros , que são os que se alimentam tanto de vegetais como de animais, o intestino tem comprimento intermediário entre o dos herbívoros e o dos carnívoros. A celulose presente nos vegetais ingeridos não é digerida pela maioria dos animais. Apenas alguns herbívoros digerem a celulose por ação de bactérias que vivem em mutualismo no trato digestório. Nesse tipo de relação , os micro-organismos recebem como vantagens um ambiente favorável à sua sobrevivência e alimento para suas atividades vitais; o animal, por sua vez, tem a vantagem de aproveitar o produto da digestão da celulose. É o caso dos cangurus, ratos e coelhos, que possuem a primeira região do intestino grosso , o ceco, muito desenvolvida , onde vivem as bactérias que degradam a celulose. No caso dos mamíferos ruminantes , como bois e cabritos , essas bactérias vivem associadas ao estômago, que nesses animais é grande e subdividido em quatro compartimentos: rúmen ou pança; retículo ou barrete; omaso ou folhoso; e abomaso ou coagulador. O alimento ingerido entra primeira ou rúmen e depois no retículo. Nesses dois compartimentos, as plantas ingeridas são amassadas por ação da musculatura do estômago e ocorre a digestão da celulose pelas bactérias que vivem aí. Parte da celulose digerida é absorvida no rúmen. Periodicamente o alimento é ruminado, ou seja, é regurgitado, voltando à boca, onde é mastigado e novamente deglutido. Quando bem particulado , passa para o omaso onde há absorção de água, e deste para o abomaso, onde ocorre a parte da digestão que se dá por ação de enzimas produzidas pelo estômago do ruminante.